D e s e m p r e g o
A meu ver, o desemprego é uma questão bastante complexa, conhecer um pouco mais sobre suas razões poderá fazer com que aceite melhor as dificuldades de recolocação e isso, o ajudará a manter sua auto-estima elevada. E isso é muito importante.
Não se trata apenas de ter um número maior ou menor disponíveis de vagas, mas também, se são novos postos ou reposições. Além disso, temos que considerar o número de novos profissionais que entram no mercado todos os dias. Pessoas que atingiram a idade para trabalhar ou, terminaram seu curso superior.
O desemprego em São Paulo atingiu o alarmante percentual de 20%, coisa de louco.
O fato de que, mesmo pessoas experientes, com excelente formação e fluentes em mais de um idioma, não conseguirem se recolocar tem origem em vários fatores, isolados ou combinados. Para exemplificar, citarei alguns deles:
Concorrência com recém formados (+ técnica - experiência = remuneração menor);
Excesso de exigências, algumas desproporcionais à remuneração e responsabilidades do cargo;
Salários baixos;
Pessoas com qualificação técnica excelente em cargos de gestão, mas inseguras, contratar pessoas mais experientes e preparadas as assusta;
Empresas, com exigências desmesuradas, que não podem atender às aspirações de crescimento dos profissionais que procuram.
Um número assombroso de currículos recebidos diariamente pelos selecionadores, os impossibilita de fazer uma varredura adequada no material recebido.
Comparo um recrutador hoje, a o "homem do realejo" antigo. (Para quem não se lembra, ou não conheceu, era um homem que ficava nas praças com uma gaiola e um periquito dentro dela. Tocava uma “musiquinha” e, quando alguém pagava, ele abria uma gaveta com os "bilhetes da sorte". O periquito escolhia um que era dado a quem queria conhecer a sua sorte). A sorte está sendo um grande diferencial no processo de recolocação nos dias de hoje. Pois a maioria sequer tem sua carta ou e-mail aberto para uma análise.
Falta de preparo de alguns selecionadores para montar o "perfil" adequando do profissional que irão contratar, de acordo com os "perfis" (competências) da empresa e do requisitante.
Então meus amigos em processo de recolocação no mercado, vamos deixar de destruir nossa auto-estima, já tão abalada pelas dificuldades, procurando nos culpar pela falta de entrevistas ou falta de retorno delas.
São tantas as variáveis que impactam nesse fato que se torna impossível detectar onde está o problema sem perguntar a todos os envolvidos.
A auto-estima elevada é que fará com que vocês, se apresentem adequadamente, que vendam o "produto você" eficazmente. Evitará que se acanhem durante uma dinâmica ou entrevista. E isso sim fará uma grande diferença. Imagine que todos os participantes de um processo seletivo estejam equiparados em nível técnico, aquele que melhor "vender seu peixe" será o escolhido.
O fato de não ser chamado para uma entrevista, pode ter sido o fato de que, o "periquito" do "homem do realejo" não o sorteou, o fato de não ter sido gerada uma segunda entrevista pode ter sido apenas por que você não era quem eles procuravam. Nada tendo a ver com seus potenciais técnicos, capacidade profissional ou perfil pessoal.
Cuidem a auto-estima e procurem fazer um bom marketing. Nosso grupo de amigos está envolvido em melhorar as chances daqueles que estão aguardando uma oportunidade. Todos os dias são divulgadas matérias e oportunidades para ajudá-los vender seu produto.
Um forte abraço a todos, ânimo e muita SORTE!
Gerald Corelli
2005