Recursos Humanos

 

Trabalhar com pessoas, com seres humanos, é tão difícil quanto gratificante. Talvez seja tão gratificante por ser tão difícil.

Difícil porque pessoas, analogamente a matemática, são variáveis dinâmicas e interdependentes. E preciso conhecer a cada uma, e reciclar esse conhecimento a cada instante, pois sendo variáveis dinâmicas e interdependentes, mudam de acordo com as circunstâncias e estímulos.

É instigante o desafio de se tentar entender e interagir com as pessoas, a recompensa é de tal forma grandiosa que apenas um ínfimo percentual de sucesso, compensa o esforço aplicado ao todo.

Sobretudo, para lidar com pessoas é preciso conhecer a si mesmo, nossas limitações, medos, angustias, desejos, ambições... Ai podemos nos colocar no lugar dos outros, ver com os olhos deles e quem sabe, mostrar lhes o caminho. Outras vezes, não menos interessantes, nesse momento vemos o caminho correto, que não podíamos ver do nosso ponto de vista. Lidar com pessoas é um desafio instigante, pois desafiamos a nós mesmos.

Difícil porque nem sempre conseguimos ajudar, difícil porque nem sempre estamos certos, mas tudo fica fácil quando fazemos com prazer, e por nós mesmos. Quando aprendemos tanto ou mais do que ensinamos.

Quando atingimos essa consciência, ai tudo vale a pena..., ficam dispensados os demais reconhecimentos.

Aos meus amigos desejo um mundo cada vez mais humano...

 

Selecionadores  x  Candidatos

 

Concordo em gênero, número e grau com todos quanto à dificuldade em lidar com volumes enormes de currículos que não atendem ao perfil requisitado, mas acho que nosso papel ainda é o de transmitir conhecimento e ajudar. Também recebo um monte de e-mails assim, alguns redigidos de forma grosseira e cheios de erros. Paciência.

Às vezes as pessoas não fazem por mal, às vezes é puro desconhecimento outras vezes é desespero de causa.

Respeito aqueles que estão nessa situação, não é fácil. Como também sei que não é fácil ter um milhão de e-mails para ler, pressionado pelo prazo de responder aos clientes, relatórios, cursos, treinamentos, seleções...

Não é todo dia que posso responder a esses enganos, imagino que seja a situação da maioria. Mas em respeito, principalmente, aquele ser humano que precisa de ajuda, mesmo que não saiba que precisa ou não queira ajuda.

Guardo os e-mails em uma pasta, tenho uma regra no Outlook que gerencia isso. Quando me sobra um tempo eu olho os currículos, dou umas dicas para as pessoas e envio um texto padrão com dicas de como se enviar currículos por e-mail e os erros mais comuns. Quando estou sem tempo, envio apenas o texto. Raramente deixo de responder a meus e-mails. Nesse trabalho de ajuda, já recebi respostas desaforadas, mas recebi também agradecimentos.

Não desisto de enviar vagas, não desisto de tentar ajudar, faço o que posso sempre que Deus me permite. E Ele tem me dado oportunidades e eu tenho procurado aproveitá-las.

Tomo, ainda, o cuidado de enviar aquela apostila de dicas de Marketing Pessoal para o Mercado de Trabalho.

Às vezes não me furto a pontuar a grosseria de quem me enviou o e-mail, mas o faço com a intenção de ajudá-lo, pois um selecionador com certeza não toleraria. Existem tantos candidatos mais bem preparados que ele não perderá tempo com esses candidatos. O candidato perde a chance de concorrer à vaga e existe a possibilidade de que o selecionador tenha perdido o candidato ideal, por conta da forma empregada na comunicação, que o impediu de ler o conteúdo e aproveitar o candidato.

Ambos perdem...

Bom, isso é o que eu acho...

 

Gerald Corelli
Consultor