Eu poderia falar sobre a globalização, amparo comum nos dias de hoje para qualquer dissertação sobre negócios, problemas ambientais e, lógico, profissionais e carreiras.
A globalização tem pouca influência no perfil do profissional de hoje, pelo menos no que tange a sua atitude; o que sempre foi um grande diferencial fica, ainda, mais evidente hoje.
Ela, a globalização, influencia na formação técnica e cultural, exigindo maior conhecimento de idiomas, cultura internacional e mobilidade sem falar na formação superior. Mas a atitude é que faz a diferença entre todos os iguais.
O que se espera de um profissional hoje é o que sempre se esperou, mas no passado, dadas as características de mercado e competição, não fazia tanta diferença assim.
Hoje, atitude é tudo. É seu marketing.
É ela que evidencia seu potencial, que lhe abre, ou fecha portas. Cria oportunidades, independente de seu grau hierárquico, tanto faz se você é auxiliar, analista, gerente ou diretor.
A atitude esperada em cada um dos níveis só se diferencia pelo grau de responsabilidade na tomada de decisões. Que, diga-se de passagem, até o office-boy tem, até ele deve tomar decisões dentro de seu âmbito quando houver necessidade.
Ficar esperando uma ordem, ou antever um problema e tendo a possibilidade de fornecer uma solução, ficar na berlinda como mero espectador, não trará resultados positivos.
Atitude é tão importante que as empresas selecionam seus novos colaboradores por meio de entrevista comportamentais.
O que é isso?
É uma técnica para se identificar como um profissional agiu, e agirá, na maioria das vezes, frente a uma determinada situação. Atitude é tudo.
Espera-se que um profissional, pouco importando idade ou cargo, haja prontamente quando lhe for solicitada uma solução, seja ela interna ou externa.
Espera-se que ele trabalhe em equipe, que respeite seus colegas, que divida o poder, a responsabilidade e também os méritos. Ninguém trabalha sozinho, não há funções ou áreas estanques, tudo é muito dinâmico e interligado.
Não se engane! Se a equipe não teve sucesso, não adianta dizer que fez a sua parte. Pois com certeza poderia ter feito mais, alertado seus colegas para possíveis correções de rota ou se dedicado um pouco mais. Se a equipe perdeu, você perdeu também.
Um bom exemplo é um time de futebol:
Imagine que um time possui um excelente atacante, o artilheiro do campeonato. Mas o camarada fica lá na “banheira” esperando a bola bater no pé dele para chutar no gol. O meio-de-campo adversário é forte e não está deixando a bola passar. O time perde e “o melhor” atacante do campeonato diz que ele estava lá, mas não foi requisitado, e não pode entrar em ação porque não lhe passaram a bola, por isso, não se julga culpado pela derrota.
Será?
Agora imagine-se nesse time.
Não seria mais gostoso estar jogando com alguém que, tendo tanta habilidade, e percebendo a dificuldade dos companheiros, “descesse” de sua posição e viesse ajudar o meio-de-campo, buscando a bola?
Isso pode fazer toda a diferença. A vitória viria e o mérito daquele atacante seria ainda maior.
Com quem você preferiria trabalhar?
Você vai buscar a bola ou espera que ela bata no seu pé?
Lembre-se: Não existem vencedores em uma equipe que perdeu.
A iniciativa em buscar alternativas, repensar as soluções, buscando mais eficácia e produtividade também mostram quão bom profissional você é. As soluções antigas ainda podem ser eficientes, mas será que satisfazem nosso cliente? Ou seja, será que são eficazes?
Cabe aqui uma definição: Eficiência é fazer. Eficácia é fazer bem feito, e no prazo.
Portanto devemos estar o tempo todo raciocinando sobre o que fazemos, repensando as formas de como fazer...
O ato de planejar dá a habilidade para o profissional fazer tudo isso. Torna-o eficaz.
“Perder” uns minutos ou horas analisando o “terreno” que terá que percorrer, traçando “rotas” alternativas, possíveis “retornos” e determinando a “velocidade” do percurso fará com que todo profissional erre menos. Aquele tempo “perdido” no planejamento resultará em menos erros (produtividade), menos trabalho refeito (qualidade) o que fará com que a entrega ocorra no prazo, propiciando a satisfação e fidelização do cliente.
Sem contar que os desafios do dia-a-dia farão menos pressões sobre você, pois estará trabalhando com controle da situação, sem ter que ficar se justificando pelas falhas e refazendo seus trabalhos. Cá entre nós, isso é muito chato.
Pergunte a qualquer participante de enduro o que ele pensa sobre planejamento. Pergunte aos vencedores de ralis.
Como na guerra, estratégia e planejamento são tão importantes quanto ter aliados.
ü A guerra é o nosso dia a dia;
ü Estratégia e conhecer seus próprios potenciais e conhecer o problema em si;
ü Planejamento é o como e o quando;
ü Aliados são todos aqueles que formam a grande equipe chamada “empresa”.
Se você perder tempo com disputas internas, seu adversário nem precisará fazer muita força para derrotá-lo. Pois estará fraco, sem informações suficientes, atrasado e tendo que dividir a atenção entre o seu “inimigo” e a sua retaguarda, que pode ser “atacada” por fogo “amigo”.
Atitude é tudo e independe de onde você esteja na empresa. Só importa que você esteja lá, E que esteja de verdade!
Dada a uma habilidade especial, conhecimento ou experiência específica, o grupo pode eleger como líder um de seus profissionais, mesmo não possuindo cargo de chefia.
Temporariamente esse profissional será o coordenador de um projeto, terá a responsabilidade e autonomia para conduzir os trabalhos e terá os méritos dos resultados obtidos pela equipe que liderou.
Essa liderança é informal, e é mais comum do que se imagina; chama-se Liderança Situacional.
Percebem que independente do cargo ou posição ocupada na empresa, o profissional será avaliado pelas suas atitudes?
Que as atitudes de um profissional nortearão seus subordinados, pares e superiores quanto a sua capacidade de assumir novas responsabilidades e de tomar decisões?
As atitudes mostrarão, também, sua ética e justiça tanto quanto aos negócios como com os colegas, sua capacidade se organizar e liderar uma equipe.
Comece com um exercício simples, passe a dizer:
ü Nossa empresa...
ü Nosso trabalho...
ü Nossa equipe...
ü Nós alcançamos os resultados...
ü Nós conseguimos...
Como vimos, nada de novo.
Mas dada à complexidade do mundo em que vivemos a rapidez com que as coisas acontecem, o volume de informações que nos atropelam, o Profissional de Hoje precisa de todas essas habilidades, sobre tudo, saber trabalhar em equipe.
A equipe funciona como uma grande malha que retém e filtra as informações. Em um universo imensurável de dados, a equipe interage entre si, complementando o cenário.
É impossível para um profissional estar completamente a par de todas as inovações e mudanças de sua área técnica ou de mercado. Ler toda a informação disponível não é praticável, saber ouvir é imprescindível.
Os profissionais agem, então, como membros de um mesmo corpo, que será mais eficaz quanto mais sincronismo e confiança houver entre eles.
O Profissional de Hoje é aquele que trabalha em equipe, mas tem condições de ser líder e, sendo líder, possui a humildade de abrir mão de sua liderança apoiando um companheiro que, naquele momento, está mais bem preparado a levar sua equipe ao sucesso.
O Profissional de Hoje não é um Super Homem, não só porque vestir a cueca por cima da roupa está fora de moda, mas porque não existe ninguém que consiga fazer tudo sozinho.
Gerald
Corelli
Consultor